segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SERVIR OU SER SERVIDO? EIS A QUESTÃO

Baseado em: Êxodo 32.1-14; I Tim.1:12-17 e Lc.15:1-10

Enquanto Moisés se demorava no Monte Sinai, o povo se corrompia na adoração aos deuses. Então, Deus propõe exterminar aquele povo e fazer uma nova e grande nação a partir de Moisés. Uau! Que proposta irrecusável! O próprio Deus sugerindo uma nova geração em Moisés, um novo e autêntico patriarcado! Quantos desejaram isso! Quantos ainda desejam!

A cada dia surgem novas e novas igrejas, homens se auto-intitulam pastores, bispos, apóstolos ou patriarcas. Sob a voz do latente desejo de poder e domínio, formam novas instituições religiosas, criam suas próprias doutrinas, e como aqueles que construíram a torre de Babel, também esses constituem seus reinos a fim tornar célebres os seus nomes, engordando o rol dos seres luciféricos* que desejam fazer sua morada além dos céus.

Diante da maior oportunidade de fazer seu nome, Moisés, sem titubear, lembra que o patriarca já existia e que a promessa que estava diante de si já havia sido feita a Abraão e, portanto, sua missão não era fazer grande o seu próprio nome, mas trabalhar para que a descendência de Abraão fosse feita uma grande nação. Então, Moisés intercede por aquele povo ao ponto que “o Senhor Deus mudou de idéia e não fez cair sobre o seu povo a desgraça que havia prometido”.

Moisés, por seus atos, deixou claro sua satisfação em ser servo quando podia fazer-se maioral; ser escravo quando podia ser rei. Postura semelhante tem o apóstolo Paulo quando se intitula o pior dentre os pecadores a quem Cristo veio salvar. Certamente esta humildade foi a razão pelo qual esses dois homens tornaram-se ícones tão excelentes da fé autêntica. Afinal, “os que se humilham serão exaltados”.

Esta fé é capaz de nos fazer compreender que quanto mais percebemos nossa pequenez, mais aprendemos o sentido da grandeza da graça e misericórdia de Deus. E quanto mais entendemos a grandeza de Deus, mais nos damos conta de nossa pequenez.

Enquanto para os homens-luciféricos a preocupação se volta para o “capetalismo”, a fama, o sucesso, as multidões, os grandes patrocinadores, associados e dizimistas, os cristificados, tal qual Cristo, valorizam o pobre, o indivíduo, o ser humano, o sofredor, aqueles a quem o menor serviço faz a maior diferença. Só quem entende isso compreende o que faz uma ovelha perdida ter mais valor que as noventa e nove do aprisco; o que faz o ato de servir valer mais que ser servido.

“Quem quiser tornar-se grande entre vós, será esse o que vos sirva; e quem quiser ser o primeiro entre vós será servo de todos. Pois o próprio Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir” (Marcos 10:43b-45a)



* Aqueles que, como o rei da Babilônia (Isaias 14:12), querem pôr-se como a “estrela da Manhã” (traduzido por lúcifer na versão King James), o planeta Vênus, que era tido como a estrela mais brilhante.

Um comentário:

  1. Obrigado por nos brindar com mais uma reflexão desafiadora.

    A propósito, tomei a liberdade de criar um banner de seu blog e postá-lo lá no meu espaço.

    Saudações reinistas.

    Espero estar com vocês ainda neste final de ano, se Deus assim permitir.

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