sábado, 18 de abril de 2009

CRISTO MALTRAPILHO

Muitas são as canções e poesias em que o autor afirma ver Deus na linda flor, nos pássaros a cantar, na criança a sorrir, no sol a nascer...

Mas você pode ver Deus nas imgens abaixo?


Miseráveis, os que passam fome.


Infelizes, os que padecem em chagas.


Desventurados, os cativos.


Vergonhosos, os pobres e nus.


Maldito, quem for pregado no madeiro.

Se você não vê Cristo em cada uma destas imagens, você não pode fazer nada para Deus.

"Porque tive fome, e não me destes de comer; tive sede, e não me destes de beber; sendo forasteiro, não me hospedastes; estando nu, não me vestistes; achando-me enfermo e preso, não fostes ver-me. E eles lhe perguntarão: Senhor, quando foi que te vimos com fome, com sede, forasteiro, nu, enfermo ou preso e não te assistimos? Então, lhes responderá: Em verdade vos digo que, sempre que o deixastes de fazer a um destes mais pequeninos, a mim o deixastes de fazer" (Mateus 25:42-45).

terça-feira, 14 de abril de 2009

Foi o túmulo que ficou vazio, não a cruz!

Se o túmulo de Cristo ficou vazio, então, Deus aceitou Sua oferta pelo pecado, e estamos livres.

Mas se a Cruz estiver vazia, nosso velho homem escapou ileso, e portanto, ainda vivemos sob a égide do pecado.

A Cruz é eterna! E a prova disso é que as Escrituras nos informam que o Cordeiro foi morto desde antes da fundação do mundo.

Há uma cruz histórica ocorrida na plenitude dos tempos, e que nada mais é do que a manifestação de uma cruz meta-histórica, ocorrida fora do tempo e do espaço.

O que acontece na eternidade não tem começo nem fim. Nesse sentido, a cruz é coexistente com Deus.

Desde que há Deus, também há Cruz.

Por isso, quando o céu se descortina diante dos olhos de João, o trono que se vê é ocupado por um cordeiro "como que houvesse sido morto".

Ele ressuscitou! Porém, Seu sacrifício não durou apenas seis horas.

As mãos que criaram o Universo foram mãos crucificadas.

Aos olhos de Deus, tanto o trono, quanto a Cruz, estarão sempre ocupados por Jesus.

Enquanto esteve na cruz histórica, o trono não ficou vago. E enquanto ocupa Seu trono de glória, a Cruz não está vazia.

Nisso reside nossa salvação.

Se Jesus houvesse descido dessa Cruz meta-histórica, não haveria razão para que Paulo declarasse: "Estou crucificado com Cristo". Ele não disse que havia sido crucificado, no passado. Ele disse que estava, naquele momento, crucificado com Cristo. Portanto, Cristo continuava na Cruz, e Paulo com Ele. Se Ele desce da Cruz, nosso velho homem escapa.

O sepulcro, porém, está vazio. O sepultamente de Jesus é um fato histórico, porém, não meta-histórico. Sua ressurreição também é histórica. Mas Sua Cruz vem antes de todos os antes.


Texto de Hermes Fernandes

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Shortinho de colégio

Caminhava pela rua Conselheiro Mafra, em direção à Rádio Tuba, quarta-feira, para fazer meu comentário. À minha frente, uma adolescente, ou criança, com um shortinho que estava mais para biquíni do que para uniforme de colégio. Falei sobre isso na rádio, atraindo amores e ódios. Cabia no shortinho somente o pequeno símbolo da escola. As encostas das montanhas gêmeas inferiores estavam expostas como amostras, mesmo não sendo grátis. O desfile público daquela criança, com a roupa transformada em embalagem de bombom, promovia o que podemos chamar de incitação à “pedofilia visual”. Diante de amostras, os tarados geralmente pensam que sejam grátis. O shortinho-biquíni promove o crime. “Ele foi provocado!”, alegou o advogado do tarado. Não sou contra o sexo nem contra as manifestações eróticas do amor.

Sou contra a erotização, sobretudo, de crianças. Quem lucra com ela? Quem a promove como fenômeno de massa? A cultura da erotização exalta as nádegas em detrimento do cérebro e da alma. Penso que alguém deveria ajudar as menininhas a mudarem de prioridades, trocando o coxismo pelo investimento no cérebro e na alma. As formas do corpo feminino são belas, atraentes. A beleza do corpo foi criada por Deus. Não sou contra a busca da manutenção da beleza, o que é até um dever, desde que não vire obsessão. Sou contra a derrota do cérebro e da alma na concorrência publicitária desleal com coxas e seios. Trocamos o vício nojento do puritanismo pela bobagem sistemática da erotização.

A roupa revela nossas prioridades. Em minha opinião, a decência não deveria sair de moda. A sobriedade deveria caracterizar também o modo de vestir. Numa escola, uma menina, com pais que pensam nela - ao contrário de outras, que têm pais
fantasmas, omissos, covardes - ouviu o deboche de uma colega (de 10 anos!): “Veio de saia de crente?!”. A menina, em casa, conversou com a mãe e pediu para mudar de saia. Soube dissopor meio de uma amiga e também participei da conversa. Bem, os filhos devem ser educados a não ter medo nem vergonha de rejeitar as bobagens que pobres crianças trazem de casa, ou melhor, da não-casa que elas não têm. Discordo radicalmente do uso pejorativo da palavra crente, também em referência ao modo
de vestir de alguns amigos evangélicos.

Há “crentes” bonitas, com seus vestidos compridos, cabelos longos, bem cuidados e, sobretudo, com convicções fortes no coração. As convicções da alma embelezam o corpo. E a inteligência, além de bonita, é sexy. Muitos católicos perderam a decência no modo de vestir. Os crentes ainda a mantêm. Em Roma, na Basílica de São Pedro, não entram mulheres com as encostas das montanhas gêmeas expostas, inferiores ou superiores. Na minha viagem pelo estado de Israel, em templos católicos, muçulmanos e judeus, não era permitida a entrada com roupas inadequadas. Homem de bermuda também não entrava. Qual a razão disto? Não é desprestígio do sexo. Crentes e católicos gostam de sexo, dentro de casa, por amor, com a mesma mulher e o mesmo marido.

Não se trata de desvalorização do sexo, mas de manifestação de prioridades. Aquela cãibra gostosa e momentânea que chamam de sexo é importante, mas o cuidado da alma e a limpeza da mente valem mais. Ajudam até na qualidade do sexo. A decência em alguns ambientes (igrejas, templos, escolas, escritórios) indica nossas prioridades. Numa igreja, ou templo, queremos rezar, juntos. Ora, se a vizinha de banco vem com as partes apresentadas como balancete de fim de ano, o vizinho naturalmente se distrai, já que gosta de sexo, mesmo estando ali para orar. No trabalho, a mulher inteligente sabe manifestar suas prioridades também por meio da roupa. Seu cartão de visita é a
mente e a alma, e não a exposição de coxas e seios.

Nas escolas, alguém deveria conversar com as crianças sobre erotização (ruim) e erotização infantil (pior ainda). Mas o que esperar daqueles professores conformistas (maioria ou minoria?) que se renderam à cultura de massa, com seus Big Bostas, novelinhas e programinhas de auditórios abestalhados? A indecência da roupa manifesta a pobreza da mente: indica que tal pessoa ou é frustrada por não conseguir atrair alguém, a não ser apelando, ou tem somente as curvas para mostrar (e oferecer!). As curvas, com o tempo, viram retas; ou pêndulos. Em adultas,
até cabem pitadas de sensualidade, diferente de derramar o pote de sal, que provoca repulsa e não atração.

Texto de Fábio Régio Bento