quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

A VOZ DE DEUS

Por 13 vezes as Escrituras dizem: “Quem tem ouvidos, ouça”. A pergunta que nos cabe é: Como ouvir? Muito do que se anuncia como voz de Deus, não passa de engano e engodo, enquanto isso, muitas vezes, a verdadeira voz de Deus é ignorada.

A voz de Deus, no entanto, é a ferramenta pelo qual nos guiamos em caminho seguro, é o alimento que nutre e sustenta a fé, é a água que limpa e excreta toda a sujeira de nossa mente. Quanto mais damos ouvidos à voz de Deus, mais vivos estamos no Espírito. Ao passo que se deixarmos de ouvi-la, fatalmente nossa espiritualidade entra em colapso e ocorre a falência múltipla dos órgãos espirituais.

Diante de algo tão sério, é preciso que se tenha um extremo cuidado com relação à alimentação espiritual que estamos trazendo a nossa mesa. Pois a qualidade da alimentação é fundamental para a manutenção de uma vida sadia.

A voz de Deus não está no fundamentalismo religioso, onde em nome de Deus se provoca as mais traumáticas divisões e contendas, por conta de interpretações particulares e tendenciosas, onde o principal objetivo não é encontrar a verdade e sim mostrar estar certo em detrimento do diferente. Daí nasce a intolerância, o desrespeito e incompreensão da fé e dos direitos do próximo.

A voz de Deus não está no liberalismo, onde qualquer um faz as suas próprias leis ou as interpreta como bem quiser, a fim de agradar seu próprio ego.

A voz de Deus está no amor. Assim, não ouve a voz de Deus quem simplesmente lê a Bíblia, mas sim quem a lê com amor. A Bíblia não foi escrita com a finalidade de que, lendo-a, pudéssemos ter argumentos para condenar ou ignorar alguém, seja quem for. Muito pelo contrário, quem a lê por amor tem nela toda informação e inspiração para encontrar e amar Cristo no próximo, ainda que este próximo seja um faminto, sedento, andarilho, nu, preso, maltrapilho, ou mesmo seu próprio inimigo.

A voz de Deus nos é revelada através das Escrituras, da natureza e da consciência, quando estas estão submetidas e ouvidas sob a perspectiva do amor.

“Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).

Vejo tanta gente ocupada em acusar os “erros” de quem é diferente que fico realmente preocupado, por que as diferenças seriam insignificantes se houvesse amor. Quando as pequenas diferenças são capazes de destruir grandes amizades, casamentos, irmandades e comunidades, isso denota quão débil é nosso amor. Quão surdos estamos diante da voz de Deus!

Quem tem ouvidos ouça. Ouviu?

Nenhum comentário:

Postar um comentário